São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tempo na fila de espera será menor

DA REPORTAGEM LOCAL

O plano de ação não resolve o problema da cidade de São Paulo. Apenas reduz a fila de espera existente para 400 mil pessoas.
Segundo o gerente de telefonia celular da Telesp, Gilson Rondinelli, a demanda por celulares na região metropolitana de São Paulo só poderá ser atendida com equipamentos digitais, que têm capacidade até dez vezes maior do que os sistemas analógicos implantados no Brasil.
No sistema analógico, cada pessoa ao telefone ocupa um canal de voz, o que permite atendimento de, no máximo, 500 mil usuários na região metropolitana de São Paulo, dentro da faixa de frequência da Telesp.
A estatal ocupa metade das frequências (Banda A) de telefonia celular. A outra metade (Banda B) está reservada para as empresas privadas que irão disputar as concessões em leilões do governo.
A Telebrás, empresa-mãe das 27 companhias telefônicas controladas pela União, ainda não decidiu qual tecnologia digital será adotada por suas subsidiárias. Há duas tecnologias em disputa: CDMA e TDMA.
A concorrência para compra do sistema digital da Telesp já desencadeou uma guerra comercial entre os fornecedores mundiais dessas tecnologias.
A sueca Ericsson, maior fornecedora de equipamentos de telefonia celular do mundo, optou pela tecnologia TDMA. A norte-americana Motorola, segunda maior fornecedora mundial, optou pelo CDMA.
A concorrência da Telesp vai definir a posição das duas empresas no mercado brasileiro. Se a Telebrás escolher a tecnologia CDMA, a Ericsson estará fora. Se escolher o CDMA, a Motorola ficará de fora.
A NEC, que ainda não produz equipamentos digitais, se associou à Qualcomm, dos Estados Unidos, para disputar as concorrências no Brasil. A norte-americana AT&T e a canadense Northern Telecom dominam as duas tecnologias e vão esquentar a disputa.

Texto Anterior: Telesp faz plano para celulares
Próximo Texto: SPC exclui os devedores do Econômico
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.