São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Telesp faz plano para celulares

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Telesp (Telecomunicações de São Paulo) fez um plano de emergência para dobrar a oferta de telefones celulares no Estado e diminuir a fila de espera na capital.
Só na região metropolitana de São Paulo há 600 mil inscritos para a compra de telefone celular. As inscrições estão suspensas há um ano e a estatal calcula que o número real de usuários não-atendidos na capital é superior a 1,5 milhão.
O plano de emergência da Telesp contém duas etapas. A primeira prevê a encomenda imediata de 475 mil celulares e licitação para a compra de outros 100 mil aparelhos. Só estes contratos somam mais de US$ 700 milhões.
A segunda etapa, a ser deslanchada no início do ano que vem, prevê a maior concorrência pública já feita no setor das telecomunicações, para compra de até 4 milhões de telefones celulares com tecnologia digital, o que envolve cerca de US$ 4 bilhões em equipamentos.
A Telesp começou uma corrida contra o tempo para não perder mercado para os grupos privados que irão disputar o serviço de telefonia celular depois da quebra do monopólio estatal das telecomunicações.
Em agosto, a empresa estava preparada para assinar a encomenda dos 475 mil telefones, dos quais 150 mil seriam destinados à região metropolitana de São Paulo.
O plano teve de ser modificado porque estourava o limite de contratação para a cidade de São Paulo, fixado por concorrência pública em 91.
A concorrência, vencida pela NEC do Brasil (associação das Organizações Globo com a NEC Corporation, do Japão), estabelecia limite máximo de 400 mil telefones para a Grande São Paulo, dos quais 300 mil já foram instalados ou estão em fase de instalação.
A Telesp refez sua estratégia: reduziu o volume de compra para a região metropolitana de São Paulo -de 150 mil para 100 mil- e aumentou as encomendas destinadas ao interior, até esgotar o limite previsto nas concorrências.
Decidiu também abrir uma concorrência, ainda neste ano, para a compra de 50 mil celulares para Jundiaí (60 km a noroeste de SP) e de outros 50 mil para Sorocaba (87 km a oeste de SP). O objetivo é deslocar os equipamentos NEC que estão em uso nessas duas cidades para a Grande São Paulo.

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