São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Regulamentação pode sair hoje

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou na noite de ontem que a regulamentação da MP (medida provisória) que trata das fusões dos bancos será anunciada hoje ou amanhã.
A diretoria do BC se reuniu ontem às 16h e continuava trabalhando até às 22h30.
O ministro Pedro Malan (Fazenda) participou da reunião. Também estava presente o procurador-geral da Fazenda, Luiz Carlos Sturzenegger.
Segundo ele, a reunião era para finalizar a regulamentação do seguro de depósito -que vai garantir os saques em bancos liquidados-, a elaboração de duas circulares que vão dizer como serão as linhas de crédito especiais para bancos que optarem pela fusão ou incorporação e mais uma resolução que vai mudar as regras de exigência de capital para bancos que querem atuar no mercado.
É preciso definir ainda os juros e prazos das linhas de crédito do programa criado para beneficiar os bancos com problemas de liquidez.
Loyola disse que não existem estimativas sobre os custos dos financiamentos aos bancos para o Tesouro Nacional.
Ele afirmou que é exagerado um prejuízo de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões com a liberação das linhas de crédito a juros menores que os de mercado.
Uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) deverá especificar o que são créditos de difícil recuperação.
Loyola negou a possibilidade de qualquer ação do BC em relação ao Banco Nacional. "Esse é mais um boato. Os boateiros estão se aperfeiçoando e trabalhando também nos feriados", afirmou.
Loyola também não quis comentar a possibilidade de incorporação do Banco Nacional pelo Unibanco. "Este assunto diz respeito às duas instituições privadas", afirmou.
Às 19h45min, dois carros com executivos do Unibanco chegaram ao BC. Nenhum representante do banco falou com a imprensa. Eles deixaram o BC às 21h e Loyola não comentou a visita.

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