São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Médico considera 'palhaçada'

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O médico Márcio Cunha, 42, integrante da comissão técnica da seleção brasileira masculina de vôlei, é cético em relação aos resultados das "cirurgias" espirituais feitas pelos atletas do vôlei.
"Isso é uma questão de foro íntimo. Mas é preciso ter os pés no chão. Só queria saber se, na hora de uma emergência, o guia ou a entidade espírita consegue baixar e resolver um problema sério como o do Schwanke", disse Cunha à Folha, por telefone.
O médico refere-se ao jogador Carlos Schwanke, que, no dia 5 de julho deste ano, precisou ser operado com urgência em Belo Horizonte, logo após participar de um jogo válido pela Liga Mundial.
O meio-de-rede, com problemas vasculares na mão direita, correu o risco de perdê-la, pois o sangue não conseguia circular.
"Não tenho nada contra, mas considero isso tudo uma grande palhaçada. Gostaria de ver qual seria a atitude médica de um guia quando colocado diante de um quadro agudo como o do Schwanke. Ou os guias também são especialistas?", indaga Cunha, que acompanhou a operação, feita pelo cirurgião Rodrigo Bernardes.
(SK)

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