São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Menos um

CARLOS SARLI

Salvo um milagre, pela primeira vez desde que os brasileiros passaram a disputar temporadas completas no Circuito Mundial de Surfe, o número de competidores brazucas irá diminuir.
De 89, quando Teco Padaratz e Fábio Gouveia estrearam no Tour, até 92 (ano em que Fabinho alcançou a melhor colocação até hoje de um latino-americano no Circuito, com um quinto lugar na classificação final), o Brasil esteve bem representado.
Em 93, Peterson Rosa engrossou o caldo, para no ano seguinte invadirmos o Circuito.
Jojó de Olivença, Renan Rocha, Victor Ribas, Tadeu Pereira e Tinguinha Lima, além de Ricardo Tatuí, como primeiro "alternate", compunham o time brasileiro com até nove inscritos em algumas etapas.
Terminamos o ano de 94 com quatro Top-16: Teco (8º), Jojó (11º), Fabinho (12º) e Vitinho (15º), e duas baixas: Tadeu Pereira, que, contundido no joelho, teve um início de temporada ruim e acabou em último, e Tinguinha Lima, que não passou de um 39º lugar entre os 44 competidores (16 caem para a 2ª divisão, o WQS).
Neste ano, tivemos o maior número de brasileiros em uma temporada.
Guilherme Herdy, Amauri "Piu" Pereira e Ricardo Tatuí elevaram para nove o número de surfistas nacionais.
Piu, no entanto, foi muito mal, não vencendo uma única bateria em toda a competição.
Sua única chance para não morrer pagão será em Pipeline. Tatuí também não foi bem e já está fora.
Vitinho é o melhor entre os brasileiros neste ano, na 6ª colocação. Teco, Fabinho e Renan também estão garantidos pelo WCT.
Jojó, na 28ª colocação, está no limite, com o taitiano Vetea David e o havaiano Larry Rios, dois que vão bem em Pipeline, no seu vácuo.
De qualquer forma, ele está garantido no ranking de acesso, assim como Peterson Rosa, Renato Wanderley e Guilherme Herdy. São oito, portanto, os garantidos na elite do surfe mundial em 96.
Entre os brasileiros que seguiram para o Havaí, onde, a partir de hoje, as últimas vagas serão definidas, Tadeu Pereira é o mais próximo de alcançar o milagre.
Precisa passar ao menos três baterias no Wyland Galleries, em Halleiwa, última etapa de 1.500 pontos no WQS, e ainda depende dos resultados de seus adversários diretos.

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