São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995 |
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Diretora quer criar teatro de ópera em SP
DA REPORTAGEM LOCAL A diretora brasileira Vivien Lando, que encenou peças de teatro como "Anjo Negro" no início dos anos 90, em São Paulo, quer criar na cidade um teatro de ópera de câmara, a exemplo daquele em que trabalhou em Moscou.Segundo a diretora, "é o jeito mais plausível de instalar uma ópera aqui". Vivien Lando detalha que "a ópera de câmara normalmente é para 20 a 30 instrumentos e não tem, por exemplo, aquele coro enorme. E tem alguns teatros de câmara no mundo que são famosos, o de Viena, o de Moscou, o de Londres". No exterior, ela trabalhou como assistente de direção do italiano Dario Fo na Ópera da Bastilha, em Paris, e mais recentemente no teatro de Ópera de Câmara de Moscou. Também fez apresentações de óperas de câmara em outras salas do gênero, como em Viena. Na Rússia, começou como assistente e depois dirigiu espetáculo próprio, "As Mamas de Tirésias", de Francis Poulenc. O modelo que Vivien Lando está tomando para a implantação do projeto em São Paulo, com o apoio de Lauro Machado Coelho, que foi diretor do Teatro Municipal, é o de Moscou. A sala mais provável, que ela e Machado Coelho ainda estão negociando com a secretaria municipal de Cultura, é o teatro Paulo Eiró, localizado na região Sul de São Paulo. Segundo Vivien Lando, "o Paulo Eiró seria o mais adequado, na cidade, para ópera de câmara", entre outros fatores, porque "é a única sala que tem a força suficiente, em São Paulo, fora o teatro Municipal". É também "o mais possível, porque é do governo", diz ela, "e ninguém está em condição de construir um teatro". No momento, Vivien Lando e Machado Coelho, além de negociar o teatro Paulo Eiró, estão "falando com alguns maestros, reunindo os cantores e procurando o patrocínio". "A minha parte, o que me incomoda mais", diz a diretora, "é tentar juntar uma trupe fixa, básica. Mesmo que se convide, a partir daí, pessoas tanto daqui quanto de fora, eu quero que o teatro tenha um elenco fixo". Texto Anterior: Carmela Gross mostra a fragilidade dos objetos Índice |
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