São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Estado quer atrair público 'primeira-classe' de volta

Christopher Pickard e
Ana Claudia Fidalgo

CHRISTOPHER PICKARD; ANA CLAUDIA FIDALGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os turistas brasileiros estão causando uma má impressão no sul da Flórida. Mas também os turistas vindos do Canadá, Reino Unido, Alemanha e vários outros países.
Estão dando uma má impressão por fazer da Flórida um destino muito popular, o que cada vez mais faz crescer o conceito de que o turismo em massa assusta uma importante parcela do mercado, em que a qualidade, e não a quantidade, é o mais importante.
"O problema", diz Jerry Ross, vice-presidente de marketing do Boca Raton Resort & Club, "é que as pessoas com um poder aquisitivo maior na América Latina estão descartando a idéia de passar suas férias no mesmo lugar em que seus empregados."
"Para eles, não existe nenhum prestígio ao dizer que estiveram visitando Miami ou até mesmo os EUA. Estão preferindo ir à Europa, Ásia e outros mercados que acreditam ser mais exóticos e exclusivos", conclui.
Embora não aparente para alguns, o sul da Flórida possui diversas opções exclusivas que podem ser comparadas aos melhores hotéis e resorts da Europa e Ásia.
Além de diversas propriedades de primeira linha -como o Boca Raton Resort Club, o Ritz-Carlton, o The Breakers, o Four Seasons, o Hyatt Regency Pier 66, o Ritz Carlton, o Registry Resort, o Edgewater Beach, o Cheeca Lodge e o Little Palm Island-, o Estado possui lojas de classe e restaurantes que satisfazem aos mais sofisticados gostos e paladares.
A Flórida não está menosprezando o turismo em massa, mas, exatamente como as companhias aéreas, que transportaram 21,36 milhões de visitantes para o Estado ensolarado em 1994, gostaria de receber também visitantes de classe executiva e primeira classe.
O turismo é um grande negócio para a Flórida, e alguns analistas arriscam dizer ser o principal.
Cerca de 40 milhões de pessoas são esperadas para visitar o Estado em 1995. Esses visitantes proporcionarão uma receita de milhões de dólares pagos em impostos de aproximadamente 6% nas vendas.
Em um recente relatório publicado pelo United States Travel & Tourism Administration, em Washington DC, a Flórida possui dez das 50 cidades mais visitadas dos EUA por turistas estrangeiros.
O relatório apontou Miami em terceiro lugar, Orlando em quarto, Tampa e St. Petersburg em décimo segundo.
Com relação à nacionalidade dos visitantes ao Estado, os quatro maiores mercados são Canadá, Reino Unido, Alemanha e Brasil.
Em julho passado, 140 mil "consumidores brasileiros" (como o jornal "Miami Herald" os apelidou) desembarcaram em Miami e transformaram o shopping center Sawgrass Mill em um Morumbi Shopping às vésperas do Natal. O inglês deu lugar ao português em quase todas as lojas.

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