São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Fotos estavam criando pó na Magnum

DO "THE INDEPENDENT"

Aos 87 anos, Henri Cartier-Bresson continua sendo o maior fotógrafo do mundo.
Durante boa parte deste século, seus "momentos decisivos" capturaram a essência da condição humana em todo o planeta.
Mas o Reino Unido sempre pareceu sub-representado. Até agora.
Entre 1951 e 1959, Bresson fez uma série de visitas a Londres para várias revistas de viagem daquela época.
Poucas pessoas no Reino Unido viram as fotos: algumas foram publicadas, mas normalmente no exterior; outras nunca foram impressas. E, desde então, essas fotos de Londres permaneceram esquecidas nos arquivos da agência Magnum, em Paris.
Recentemente redescobertas, elas adquiriram no decorrer das décadas uma ressonância histórica que complementa seus interesses humanos e estéticos.
Essa é uma Londres que desapareceu: uma cidade estável e hierárquica, de rígidas convenções sociais, de proletários extrovertidos, de policiais amigáveis e executivos com chapéu-coco.
Alguns britânicos lembram dessa época com afeto nostálgico; outros tremem ao lembrar da sua sufocante estrutura de classes. Essas imagens são quintessencialmente britânicas. Mas foi preciso o olho de um grande francês para preservá-las para a posteridade.

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