São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 1995 |
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Roberto Benigni volta à forma com 'O Monstro'
CELSO FIORAVANTE
Direção: Roberto Benigni Elenco: Roberto Benigni, Michel Blanc, Nicoletta Braschi e Jean-Claude Brialy Estréia: hoje, nos cines Olido, Liberty, Market Place e Lumière Mais uma vez, o que vale são as gags de Roberto Benigni, o faz-tudo deste "O Monstro", uma das mais surpreendentes bilheterias do recente cinema italiano. Lançado em outubro de 1994, rendeu no país mais que "O Rei Leão" e "Forrest Gump". Roteirista, diretor e protagonista, Benigni, precisava de uma reabilitação, depois do fracasso de "O Filho da Pantera Cor-de-Rosa" (realizado nos EUA), e por isso investiu naquilo que tem de melhor: seu poder histriônico. Totó para este final de século, o ator calca seu humor em três questões de fácil compreensão universal: dinheiro, sexo e sangue. Em "O Monstro", ele é Loris, pacato cidadão que vive de pequenos furtos, não paga suas contas, mas nem por isso acha que se deve privar do maior prazer da vida: o sexo. Enquanto isso, estuda chinês para ser admitido em uma multinacional. É esse seu apetite sexual que o leva a ser confundido com "o monstro", sujeito que há vinte anos estupra e mata mulheres, sejam elas prostitutas, balconistas, donas de casa ou freiras. "Caiu na rede, é peixe", esclarece um investigador. Assim, através da basilar troca de personagens como fonte de uma série de cômicos mal-entendidos, Benigni constrói mais uma vez um hilário protagonista, usando a mesma receita de seu último sucesso, "Johnny Stecchino". Naquele filme, sua extrema semelhança com um sanguinário mafioso o colocava em um confronto com toda a máfia siciliana. Texto Anterior: 'Yndio do Brasil' faz a crítica do racismo Próximo Texto: Soffredini volta com 'Delicadas & Perversas' Índice |
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