São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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TRT da Paraíba mantém eleição e recorre ao Supremo contra TST

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da Paraíba descumpriu ordem do ministro Ursulino Santos, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), e não empossou ontem o juiz Vicente Vanderlei Nogueira de Brito na presidência da corte.
Seis dos oito juízes do TRT preferiram ignorar a decisão de Santos. O ministro expediu liminar anteontem mandando empossar Brito na presidência, "o único juiz desimpedido e elegível".
Os juízes decidiram que Paulo Montenegro Pires vai permanecer na presidência do TRT até o pronunciamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
Eles recorreram ao STF contra a liminar do ministro Ursulino Santos. No entendimento dos seis juízes, há um conflito de competência entre o TST e o TRT.
Eles afirmam que o TST interferiu indevidamente numa decisão do colegiado do TRT, que é independente e tem autonomia para deliberar sobre assuntos internos.
Pires está interinamente na presidência do TRT desde sexta-feira passada, quando terminou o segundo mandato de dois anos de Severino Marcondes Meira, acusado de nomear 62 parentes sem concurso no TRT.
Para o seu lugar deveria ter ido o juiz Brito, o único dos juízes que não exerceu a presidência.
Em vez de escolher Brito, os juízes escolheram Pires. Brito recorreu ao TST, que determinou o afastamento de Pires anteontem.
Os oito juízes se reuniram em sessão extraordinária ontem entre 10h e 12h para avaliar a decisão do ministro do TST.

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