São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995 |
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Governo já considera hipótese de rever Sivam
SÔNIA MOSSRI
O Sivam permanece como projeto prioritário do governo para a Amazônia, mas ele poderá ser redimensionado. Temores O Palácio do Planalto teme que o Congresso rejeite o contrato com a empresa depois do escândalo provocado pelas gravações de conversas entre Júlio César Gomes dos Santos, ex-chefe da Coordenadoria de apoio e Cerimonial da Presidência da República, com o representante da Raytheon no Brasil, José Afonso Assumpção. A preocupação do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores é que o cancelamento da concorrência implicaria novo contencioso com o governo dos EUA. Clinton O próprio presidente norte-americano, Bill Clinton, empenhou-se para que a Raytheon fosse escolhida para fornecer equipamentos com radares, estações de monitoramento aéreo e aparelhos de telecomunicações. A suspensão da concorrência implicaria rompimento de cláusulas contratuais, multas e arranharia a imagem brasileira no mercado norte-americano, de acordo com o Itamaraty. A Folha apurou que essa questão é delicada para a cúpula da Aeronáutica. Os militares não abrem mão da Raytheon. Consideram que o cancelamento da concorrência seria uma sinalização clara de que o governo coloca sob suspeita o processo de escolha da empresa norte-americana, insinuando possível irregularidades cometidas por oficiais da Aeronáutica responsáveis pelo Sivam. Por isso, nem o Planalto nem a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que coordena o projeto, comentam a revisão do Sivam. Na prática, o Sivam é um projeto essencialmente militar. A Aeronáutica classifica como fator de segurança nacional o controle do tráfego aéreo na Amazônia. Texto Anterior: Serra explica encontro com presidente da Líder Próximo Texto: Lobo é o novo ministro da Aeronáutica Índice |
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