São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995 |
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NELSON DE SÁ
Em Alagoas, a fisionomia era mesmo de constrangimento. "Essas permanentes tentativas de acusação, para cá, para lá, também cansam as pessoas." Ele se referia ao ministro, mas também a si mesmo. O projeto, "um dos maiores negócios do mundo", como notou o SBT, está sendo alvo já de uma segunda "tentativa de acusação", na expressão de Fernando Henrique. Uma tentativa sustentada por uma escuta telefônica muito mal explicada e seguida de sugestões também mal explicadas, dos políticos. O autor do pedido de uma CPI, o petista Arlindo Chinaglia, quer não só avaliar as denúncias, mas questionar "o mérito" do Sivam. Um dos mencionados na gravação, Gilberto Miranda, o relator do projeto no Congresso, agora "quer nova licitação para o projeto Sivam". José Sarney, o presidente do Congresso, mencionado na gravação como inspirador de Gilberto Miranda, disse que "há dúvida sobre o projeto Sivam, se ele deve ser feito". Até ACM surgiu com opinião semelhante. "Para Antônio Carlos Magalhães, o projeto Sivam está morto." É certo, não faltam motivos para o presidente estar "cansado" das "tentativas". Mas também não faltam motivos para estar "constrangido". Como registrou o âncora Boris Casoy, "a história tem contornos macabros". E comentou, "você imagine que interesses estão por trás". Entre o povo Em dia de cansaço, Fernando Henrique foi buscar algum alívio em Zumbi. Ao falar do líder negro, era outra a fisionomia do presidente. Bradou, "ele representa o melhor do povo brasileiro, que é a vontade de liberdade". E mais, "que o Brasil possa, na prática, ser não só multi-racial, mas igualitário". Nada como um discurso, para acalmar o espírito de um político. Pelo mundo Começaram ontem, de Londres, por via de Polônia e Argentina, as atenções do Jornal Nacional com a reeleição de Fernando Henrique. Texto Anterior: Stephanes negocia acordo com o relator Próximo Texto: Entidade de negros quer Pelé para Presidência Índice |
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