São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995
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"Ombudsman" da polícia toma posse e promete gestão itinerante

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ouvidor da Polícia de São Paulo, Benedito Domingos Mariano -empossado oficialmente ontem pelo governador Mário Covas-, disse que pretende se tornar um "ouvidor itinerante".
"Eu quero ser um ouvidor itinerante: um dia no gabinete, outro em uma cidade do interior e outro na Grande São Paulo", disse.
Por enquanto, Mariano trabalhará na sede da Secretaria da Segurança Pública, na avenida Higienópolis, 758 (centro). Ele disse que fará relatórios trimestrais sobre seu trabalho.
Reclamações e denúncias sobre violência policial ou problemas na administração policial podem ser encaminhadas pessoalmente ao gabinete do ouvidor ou pelo telefone (011) 826-1244 ramal 222. A ouvidoria funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Mariano afirmou que a burocracia ou o corporativismo da polícia não irão atrapalhar o trabalho da ouvidoria porque o órgão será assessorado por um coronel e um delegado de classe especial.
O governador Mário Covas disse que a criação da ouvidoria se justifica porque a população tem o que reclamar não "só da polícia, mas também da saúde e até do governador". Ele pretende implantar a ouvidoria-geral do Estado.
O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, revelou ontem, durante a cerimônia, que a primeira pessoa de quem ouviu dizer que o país precisava de um "ombudsman" (espécie de ouvidor) foi do general Gouberi do Couto e Silva, ex-chefe do SNI.

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