São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995
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Kwasniewski reivindica crédito pela democracia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ministro durante os dois últimos governos comunistas, Aleksander Kwasniewski reivindica para si parte do crédito pelo fim do regime marxista na Polônia.
Kwasniewski nasceu no dia 15 de novembro de 1954 em Bialograd (norte da Polônia). Ele e sua mulher, Jolanta, têm uma filha.
Jovem e sempre bem-vestido, ele prega hoje a integração com o Ocidente e a reforma de mercado.
Kwasniewski é filho de um médico e entrou no Partido Comunista aos 23 anos.
Ele trabalhou dentro da máquina do partido para se tornar editor de um jornal político, o "ITD", por meio do qual ganhou reputação de um pensador reformista.
Quando a lei marcial foi decretada e os soldados atiraram em trabalhadores, entre eles Lech Walesa (que deixará a Presidência), ele preferiu não seguir os reformistas que deixavam o partido.
Foi nomeado em 1985 ministro da Juventude e dos Esportes e, em 1988, presidente do Comitê Olímpico Polonês.
Kwasniewski diz que continuou no partido para forçar as reformas por dentro, uma ação que ele diz ter dado frutos quando participou das negociações da Mesa Redonda de 1989, que levaram a eleições livres no país no ano seguinte.
Quando o Partido Comunista acabou, em 1990, Kwasniewski teve um papel de liderança na construção do sucessor, a Aliança Democrática de Esquerda.
A vitória do partido nas eleições parlamentares de 1993 e a criação de um governo liderado pela aliança foram consideradas um tributo aos seus talentos de organização.
Sua qualificação acadêmica ficou um pouco abalada quando a sua declaração de que tinha diploma em economia se provou falsa. A Universidade de Gdansk disse que ele não chegou a se formar.
O mote de sua campanha era: "Esqueçamos o comunismo, paremos de procurar os responsáveis e trabalhemos para modernizar a Polônia".

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