São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Caia na estrada e tome bons banhos de mar
MÔNICA RODRIGUES COSTA
As praias da orla da cidade ficam cheias e nem sempre são limpas para banho. Piatã ainda é a melhor opção, principalmente para famílias com crianças. As ondas são mais fracas e a água, limpa, como acontece com as praias Placa Ford e as de Itapoã nas ruas I e M. Mas o melhor na Bahia é procurar uma rota alternativa de banho de mar, que inclui municípios vizinhos e as praias do sul do Estado, como em Morro do Chapéu, Trancoso e Porto Seguro. A Linha Verde, estrada que vai até Sergipe, dá acesso às praias menos exploradas e limpas. Mais próximas de Salvador, depois de Itapoã, as praias do Flamengo e de Vila do Atlântico têm ondas fortes e barracas de palha que que vendem caranguejo e água de coco. Mais para o norte, vale visitar a praia do Forte -lá estão as ruínas do castelo Garcia D'Ávila (século 17)- e, antes, a aldeia de Arembepe, recanto hippie que fez a fama da região no final dos anos 60 e início dos 70. Daí até a foz do rio Jacuípe, passando por Guarajuba, há trechos de rio e mar correndo paralelos, divididos por um morro de areia com coqueiros. Em Salvador, se o barco da Ribeira, na Cidade Baixa, perto do Bonfim, estiver funcionando, navegue até Plataforma e conheça o subúrbio lírico da cidade. Há uma fábrica de tecidos desativada, quase em ruínas, de uma família tradicional baiana. A construção merece ser admirada e quem sabe até transformada em casa de cultura para que seja mais bem preservada. Os bairros de Paripe e Peri-Peri, na baía de Aratu, são também pouco conhecidos do turista-padrão. Melhor visitar de carro, pois os bares são precários e quase não há restaurantes. A região é pobre, mas conta com paisagens bonitas, que ficam à beira do cais. Existe sempre uma baiana de acarajé por perto. Seus tabuleiros têm lanches da culinária local, como acarajé, abará e bolinho de estudante. As melhores baianas são Sônia, no farol da Barra, Dinha, no Rio Vermelho, e Cira, em Itapoã, no quiosque Janaína, logo depois da Sereia. Texto Anterior: Todo turista no Pelô tem de ouvir tambor Próximo Texto: Cacau vira sinônimo de turismo na baiana llhéus Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |