São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 1995 |
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Cacau vira sinônimo de turismo na baiana llhéus
ÊNIO MACHADO
O apogeu da cultura cacaueira deixou para a cidade construções de estilos colonial e neoclássico, como a igreja matriz de São Jorge. A natureza também foi generosa. Ilhéus tem um litoral com 102 km de praias, rios e a mata Atlântica -conservada até hoje graças ao cacau, que necessita de sombra para sobreviver. O turismo local ainda é pouco explorado. A prefeitura aposta no potencial existente para triplicar o número de visitantes em dez anos. Atualmente, Ilhéus recebe menos de 300 mil turistas por ano. Moradores procuram explorar outros traços marcantes que foram incorporados à história da cidade. Descrita por Jorge Amado, Ilhéus virou a terra de "Gabriela". O bar Vezúvio, que serviu de cenário para o romance de Gabriela e Nacib, ainda está servindo seus famosos quibes para turistas famintos por histórias. Somente o prostíbulo Bataclan não resistiu ao tempo e hoje está em ruínas e com inesgotáveis promessas de recuperação. Embora muita gente acredite que o cacau foi ingrato e abandonou Ilhéus, a cidade continua apostando na força do símbolo. A certeza de hoje é que o cacau vai deixar de ser uma cultura para Ilhéus e se incorporar à "cultura" local para sempre. Texto Anterior: Caia na estrada e tome bons banhos de mar Próximo Texto: Hotéis e pousadas têm 7.000 vagas Índice |
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