São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Governo adia para 96 o leilão da Light
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo transferiu para o próximo ano a realização do leilão de venda da Light.Foi o que anunciou anunciou ontem a diretora da área de privatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Elena Landau. Após reunião do Conselho Nacional de Desestatização, Elena disse que o adiamento se deve à necessidade de uma nova avaliação do patrimônio da estatal de energia elétrica. Com o último reajuste de 18% nas tarifas dos serviços prestados pela empresa, o preço inicial previsto para a venda da Light será elevado. O governo pretendia, inicialmente, privatizar a Light até o final deste ano. Mas, na verdade, a data do leilão nunca chegou a ser marcada. O leilão também foi adiado porque ainda não foi aprovado, no Congresso Federal, o projeto de lei que autoriza a cisão do patrimônio da Light de São Paulo com a do Rio de Janeiro. O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Mas ainda não houve votação no Senado. O Conselho Nacional de Desestatização também marcou para a primeira quinzena de janeiro o leilão para privatização das duas últimas empresas estatais do setor petroquímico -a Copol e a Polipropileno. Concessões O governo vai lançar nos meses de novembro e dezembro os editais de licitação para a concessão do aproveitamento de seis usinas -complexo São José-Carrapatos (SP), Cubatão (SC), Emboque (MG), Bocaina (MG e GO) e Rosal (RJ e ES). O primeiro edital será para a licitação da concessão do complexo São José-Carrapatos. O ministro Raimundo Brito (das Minas e Energia) disse ontem que essas seis usinas vão necessitar de investimentos da ordem de R$ 463 milhões. A capacidade de geração de energia dessas hidrelétricas é de 304 MW. "São seis usinas novas que vamos privatizar", afirmou Brito. Em troca das concessões, o setor privado vai investir na construção das hidrelétricas. PFL O deputado Lima Netto (PFL-RJ) apresentou ontem proposta para que o governo federal passe a vender de 10% a 20% do capital votante das empresas a serem privatizadas para os clubes de investimento formados pelos empregados e aposentados das empresas estatais. A proposta foi encampada pelo PFL como uma das medidas para acelerar o programa de privatização. Outra medida defendida por Lima Netto é dar status de ministro ao presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que coordena o programa. A venda das ações para os clubes de investimento, segundo a proposta, seria feita mediante financiamento de longo prazo, a ser pago com os futuros dividendos e juros de caderneta de poupança, mais 2%. Lima Netto defende que o novo modelo seja aplicado para a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. "Apenas a participação ativa dos empregados dará condições políticas para a privatização da Vale", avalia o deputado. Texto Anterior: Termina a greve dos empregados da Kolynos Próximo Texto: Equipe acha possível vacina contra o câncer Índice |
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