São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
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Delegado da escuta deixa cargo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O delegado Mário José de Oliveira Santos, responsável pelo "grampo" no telefone do embaixador Júlio César Gomes dos Santos, saiu anteontem da chefia da CDO (Coordenadoria de Dados Operacionais) da Polícia Federal e não quer mais retornar ao cargo.
Ontem, ele disse que sua saída do cargo é definitiva mesmo se for inocentado pela sindicância aberta para apurar a escuta telefônica.
Após esvaziar ontem suas gavetas no CDO, Mário Santos afirmou que a escuta foi baseada em denúncias anônimas contra um tal de "JC", que estaria envolvido no tráfico de entorpecentes no Distrito Federal.
A coordenadora de Comunicação Social da PF, Viviane da Rosa, disse acreditar que o autor das denúncias anônimas conhecia o funcionamento do órgão.
Segundo ela, o jornalista Mino Pedrosa, da empresa Free-Press, que vazou as informações à revista "IstoÉ", será chamado a depor na sindicância. "Vou dizer na PF que, obedecendo a princípio constitucional, não sou obrigado a revelar a fonte", disse Pedrosa.
A empresa presta serviços fotográficos ao Ministério da Justiça. Pedrosa é também sócio do jornalista Augusto Fonseca, assessor do presidente do Incra, Francisco Graziano.

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