São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Congresso aprova teste pós-faculdade a partir de 96
AUGUSTO GAZIR
"Um exame não avalia um aluno, mas 50 exames avaliam um curso", afirmou o ministro da Educação, Paulo Renato Souza. "É um teste para avaliar a escola. Será divulgada a nota média de cada instituição", disse. Com os resultados obtidos no exame, o MEC divulgará anualmente um ranking das universidades brasileiras. Os alunos receberão um certificado com a nota do exame, mas não será incluída no currículo. Esse foi o ponto mais polêmico para a aprovação da medida, que tem texto final do deputado Paes Landim (PFL/PI). Os partidos de esquerda queriam retirar do texto a possibilidade da nota do exame final ser divulgada para o estudante. O ministro Paulo Renato vetou a exclusão desse ponto. "O aluno ao tirar uma boa nota poderá usá-la para entrar no mercado. Quem foi mal poderá fazer outro exame", disse o deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), líder do governo no Congresso. "Vai se criar o estigma do estudante de 1ª e 2ª classe", disse Orlando Júnior, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), que é contra o texto da MP. Votaram a favor da MP 276 deputados e contra 98, com sete abstenções. A votação dos senadores foi simbólica. Conselho O novo Conselho Nacional de Educação vai substituir o antigo Conselho Federal de Educação, extinto durante o governo Itamar Franco. Ele será um órgão auxiliar ao Ministério da Educação e vai apreciar os pedidos para a criação de novos cursos superiores. Texto Anterior: Local já foi visitado por Fernando Henrique Próximo Texto: Professores marcam ato contra reforma na educação Índice |
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