São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Passeata contra violência divide a CUT
FERNANDO MOLICA
Ontem, a CUT nacional e representantes de alguns dos maiores sindicatos filiados à CUT-RJ manifestaram seu apoio à passeata, batizada de Reage Rio. Anteontem, a direção da CUT-RJ divulgara uma nota condenando a participação dos sindicatos no ato. A nota afirmava que a manifestação era "reacionária" por ser promovida por setores que a direção da entidade considera responsáveis pela violência: empresários, banqueiros e governo. Ontem, foi a vez de a direção nacional da CUT divulgar sua nota. Assinada pelo secretário-geral da entidade, João Vaccari Neto, a nota cita, entre exemplos de violência, o desemprego, os baixos salários e a concentração de terras. No documento, Vaccari Neto confirma a participação da CUT no ato. Rui Roosevelt, da executiva nacional da CUT, confirmou que o presidente da entidade, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, estará presente na passeata. Roosevelt e representantes de sindicatos como os dos bancários, metalúrgicos, médicos e engenheiros foram ontem à sede do Viva Rio -uma das entidades que organizam a passeata- manifestar seu apoio ao ato. Ele afirmou que os sindicatos que discordam da posição da entidade representam cerca de 80% da base sindical da CUT. Também presente ao encontro, o vice-presidente do PT do Rio, Raimundo Teixeira Mendes, afirmou que o partido apóia a manifestação. Segundo ele, parlamentares e militantes do PT participarão do Reage Rio "de forma organizada", ou seja, representando o partido. Hoje, o grupo que articula o Reage Rio decidirá as mensagens que serão divulgadas durante a manifestação. Segundo Luiz Rodolfo Viveiros de Castro, da organização do ato, haverá a busca de um consenso entre os diferentes setores que participarão da manifestação. Será feito também um ensaio geral, a partir do meio-dia. Texto Anterior: Professores marcam ato contra reforma na educação Próximo Texto: Funqueiros vão participar Índice |
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