São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
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Pai nega pagamento de resgate

DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Aparecido Albergoni, pai de Maria do Socorro Albergoni, 30, sequestrada no Rio no dia 21 de setembro, negou ontem em nota divulgada em São Paulo que tenha pago qualquer resgate aos sequestradores.
Segundo Albergoni, sua filha conseguiu fugir do cativeiro na madrugada de quarta-feira e teria vindo para São Paulo de carona em um caminhão. O empresário também negou que ela tenha sofrido qualquer tipo de violência.
O pior momento do cativeiro, segundo informou Albergoni, foi quando os sequestradores cortaram os cabelos de Maria do Socorro com um facão.
A polícia do Rio informou na última semana que os sequestradores teriam enviado à família uma fita em que Maria do Socorro aparecia sendo espancada.
Na fita, os sequestradores teriam ameaçado torturá-la ainda mais caso o resgate não fosse pago. No entanto, a família não teria chegado a ver a fita, que foi interceptada por seu advogado.
Policiais do DAS (Divisão Anti-Sequestro), do Rio, acreditam que a fita pode ter pressionado a família a pagar o resgate e ainda investigam as condições em que Maria do Socorro saiu do cativeiro.
Maria do Socorro é a responsável por administrar no Rio as 11 filiais da loja de seu pai, a Fotoplan. Ela foi sequestrada por quatro homens armados após deixar uma filial em Bonsucesso.
Ao chegar a São Paulo anteontem pela manhã, ela teria sido levada para a casa de sua mãe, no Jardim da Saúde (zona sul de SP). A mãe, Emília Albergoni, disse ontem que ela estava bem de saúde e que não tinha condições de dar mais informação.
Segundo uma vizinha, identificada como Sônia, o irmão de Maria do Socorro, Dumas Albergoni, teria dito que ela estava muito abalada e deveria ser levada para uma clínica fora de São Paulo.

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