São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
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Dornelles quer regras para as auditorias

Deputado propõe regulamentar S/A

DA SUCURSAL DO RIO

O deputado federal Francisco Dornelles (PPB-RJ) disse ontem que a atuação das empresas de auditoria de balanços precisa ser regulamentada, para que as companhias sejam punidas em caso de darem "pareceres fajutos".
"A lei das Sociedades Anônimas obriga auditorias independentes para empresas abertas. Mas as auditorias dão seus pareceres e se verifica que esses pareceres estão furados", disse.
Ele se refere ao fato de os balanços de bancos como o Econômico e o Nacional terem sido divulgados sem pistas da real situação das instituições.
Para Dornelles, as empresas de auditoria têm de ter "fé pública e serem responsáveis perante os acionistas e a sociedade".
Hoje, nos EUA, diz Dornelles, se uma auditoria audita as empresas, ela é uma prestadora de serviços ao fisco, que se baseia nas informações da empresa.
"Para isso, é necessário definir responsabilidades para que no momento em que a auditoria der seu parecer, isto tenha valor até para o fisco. Mas, no momento que se verifica que o parecer foi fajuto, a auditoria tem de ser responsabilizada", disse.
Dornelles propôs uma emenda na medida provisória da fusão dos bancos, sugerindo que as instituições possam descontar todo o prejuízo da fusão no Imposto de Renda.
A proposta do Banco Central é que o desconto seja com base em 30% do lucro. "Minha proposta é igual à que existe em todo o mundo: o prejuízo é dedutível."

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