São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Dirigente afirma que o Flamengo 'exagerou'
ANDRÉ FONTENELLE
"Eu não tenho nenhuma dúvida de que a péssima campanha na primeira etapa do Brasileiro, em muito, se deve a isso", admite. O Flamengo, que lançou a idéia de jogar fora do próprio Estado, não venceu nenhum desses cinco jogos. Empatou dois e perdeu três. Leite avalia que, ao jogar fora do Rio, o Flamengo "vivia uma grande mentira", pois não sofria cobrança da torcida. "O time jogava em clima de delírio. Perdia e era como se tivesse ganhado. A idolatria era muito mais importante para a torcida que o resultado. Os jogadores começaram a viver fora da realidade." Mas o presidente do Flamengo acha que a experiência deve ser repetida. "O Flamengo só é recordista de renda em função disso. No aspecto financeiro, de 0 a 10, a nota foi 11. No aspecto técnico, tropeçamos um pouco e temos que dosar melhor. Por exemplo, jamais faria dois jogos seguidos assim." O técnico do time, Washington Rodrigues, considerou a idéia "válida, embora cansativa". Diz apenas que o estado de alguns gramados deveria ter sido verificado antecipadamente pelo clube. Rodrigues crê que jogar fora do Rio não trouxe só renda: "É uma oportunidade de se aproximar da torcida. O importante não é o estádio, mas o estado do campo". Como prova disso, cita as quatro vitórias do Flamengo em São Januário, no Rio, estádio do rival Vasco: "Era o último lugar em que o Flamengo podia se dar bem". Texto Anterior: Cruzeiro opta pelo prejuízo Próximo Texto: Palmeiras acha que valeu a pena Índice |
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