São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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'Popular', Diana chega à Argentina Princesa almoça com Menem hoje DENISE CHRISPIM MARIN
A pesquisa é da consultoria Analogias, que ouviu 400 pessoas da Província de Buenos Aires e da capital do país. Segundo a chancelaria britânica, Diana não foi convidada pelo governo argentino nem está no país representado oficialmente o Reino Unido. Trata-se de uma "viagem de trabalho". Ontem, Diana começou a cumprir sua agenda, que prevê visitas a instituições de reabilitação de deficientes físicos e hospitais. Na sede da Alpi, uma das instituições de caridade que atende deficientes, travou-se a primeira cena de constrangimento, quando os funcionários ofereceram um cafezinho à princesa. Ela não toma café. Trataram de servir água mineral e, como não havia nenhuma garrafa no local, tiveram que sair às pressas para comprá-la. Diana desembarcou com sua dama de companhia, Sarah Campden, seu secretário, Patrick Jepson, dois outros assistentes além de um segurança. Amanhã, ela deverá embarcar para Puerto Pirámides, na Província patagônica de Chubut, para observar baleias. No dia seguinte, visita a região do Tigre, em Buenos Aires, e volta para o Reino Unido. Apesar da discrição, o governo argentino não esconde que as boas-vindas à princesa podem se reverter em um estreitamento nas relações com o Reino Unido. Em 1982, argentinos e britânicos se enfrentaram na Guerra das Malvinas (Falklands, para os ingleses), pela disputa pelo arquipélago. Por isso, o maior temor da diplomacia argentina é a retomada deste tema durante a permanência de Diana no país. Ontem, em sua chegada, a chancelaria evitou um primeiro constrangimento. Substituiu o helicóptero Malvinas Argentinas, escalado inicialmente para o translado da princesa ao centro de Buenos Aires. Hoje, ela almoça com o presidente argentino, Carlos Menem, na Quinta de Olivos, a residência oficial. Ainda havia lugares disponíveis para o jantar de caridade do qual Diana participará na noite de hoje na Alpi. Uma das organizadoras disse que parte dos 300 convites (US$ 250) ainda estava disponível. Há cerca de um mês, Menem afirmou publicamente que a Argentina faria esforços para recuperar a soberania nas Malvinas. A declaração quase emperrou o acordo entre Argentina e Reino Unido para a exploração conjunta do petróleo nas ilhas. Na opinião de 87% dos argentinos, entretanto, a visita de Diana não acrescenta nem diminui nada das relações entre Argentina e Reino Unido. Para 71% dos argentinos, não vai resultar em estreitamento de relações com o Reino Unido, como espera a chancelaria local. Com agências internacionais. Texto Anterior: Bolívia vai exumar supostos restos de Che Próximo Texto: Plano de reconstruir o país é idealista demais Índice |
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