São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Assembléia lança o Jesus-Sat

DA REPORTAGEM LOCAL

A Assembléia de Deus, maior igreja pentecostal do país, também está montando rede própria de televisão e acaba de lançar o projeto Jesus-Sat, para distribuir programas religiosos, via satélite, a partir da Amazônia.
É um projeto ambicioso, para alcançar todas as residências que possuem antenas parabólicas. A igreja já está transmitindo duas horas diárias de programação religiosa via satélite, na madrugada.
Segundo o superintendente do projeto, Jessé Maurício, a partir de janeiro a programação deverá ser ampliada para sete horas e o objetivo é chegar a 24 horas diárias.
Com a popularização das parabólicas, que hoje custam cerca de R$ 200,00, abriu-se um novo campo para a atuação das igrejas.
Ao contrário das televisões -que têm raio de ação limitado nas concessões-, não há fronteiras para os satélites, e as programações podem ser captadas pelas parabólicas em todo o país.
Calcula-se que existam mais de 3 milhões de residências com parabólicas e que grande parte são de famílias de baixa renda, mais suscetíveis à pregação evangélica.
Além do projeto de transmissão por satélite, a Assembléia de Deus possui três concessões próprias de TV -em Porto Velho (RO), Manaus (AM) e Belém (PA)- e 35 estações repetidoras no Norte.
A Assembléia mostrou que está disposta a enfrentar o avanço da Universal sobre os meios de comunicação na Amazônia. No início do ano, as duas disputaram a TV Guajuará, de Belém.
A Universal afirma que ofereceu US$ 2,8 milhões pela emissora e perdeu a corrida para a Assembléia de Deus, que teria oferecido US$ 3,5 milhões.
Foi uma derrota pesada para a Universal, porque a TV transmitia a programação da Record. Há uma semana, ela se afiliou à rede CNT.
Desde então, a Record não é captada em Belém. A Universal está negociando a compra da concessão da TV Marajoara, pertencente ao ex-governador Carlos Santos (ocupou o cargo de maio a dezembro de 1994).
Segundo informações do mercado, Santos estaria pedindo US$ 6 milhões pela concessão.

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