São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Graziano agora só quer ouvir 'grito da terra'

ABNOR GONDIM
ENVIADO ESPECIAL A COLORADO DO OESTE

O presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Francisco Graziano, evitou ontem responder se confirmava a suspeita de que foi responsável pela escuta clandestina.
"Sobre a história do grampo e da escuta, a minha história é a nota oficial", disse ele ao sair do acampamento das famílias sem-terra na cidade de Colorado do Oeste, em Rondônia.
Balançando a cabeça negativamente, Graziano apenas se limitou a ouvir a pergunta sobre as informações que agora partem da PF de que foi ele quem encomendou o "grampo". "A escuta que me preocupa é o grito da terra. É essa escuta que eu quero ouvir. Não quero mais falar no assunto", afirmou. Graziano disse que não atropelou o ministro Nelson Jobim (Justiça) ao entregar a FHC o relatório da escuta feita pela PF.
"Tomei a iniciativa porque achei necessário", disse. Graziano também declarou que "quem devia saber estava sabendo" ao ser perguntado sobre quem lhe entregou o resultado da escuta.
Ele visitou o acampamento das famílias para anunciar a entrega de 30 toneladas em alimentos e a compra de quatro áreas para o assentamento definitivo dos sem-terra.

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