São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Encontro reúne tipos exóticos

MARCELO RUBENS PAIVA
DO ENVIADO ESPECIAL

Há anos, frequento encontros como este e é difícil descrever a animação que rola nos bastidores. É a oportunidade de se encontrar amigos deficientes militantes de todo o mundo e de conhecer novos equipamentos.
Neste encontro, não poderia faltar o baile de fantasias -já uma tradição-, o balé de deficientes auditivos e o coral de deficientes mentais. No mais, é uma ótima oportunidade para aumentar as piadas sobre ceguinhos, surdinhos e chumbados, que é como os cariocas se referem aos usuários de cadeiras de rodas.
Todo o tipo de deficiência se encontra nos corredores. São cegos empurrando cadeiras de rodas, tetraplégicos tentando a linguagem de sinais dos surdos, casais de paraplégicos com filhos, deficientes mentais ajudando deficientes físicos, trombadas de cadeiras de rodas e paquera à deriva.
Quem olha, imagina que num encontro de deficientes reinasse um festival de lamentações e detalhes trágicos. Quem já frequentou um, sabe que o humor e a solidariedade são prioridades do movimento. E a cada ano, o número de não-deficientes que assistem aos encontros aumenta consideravelmente.
Quatro mil pessoas estiveram acompanhando os eventos deste DEF'RIO 95. Daqui a três anos terá outro.
(MRP)

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