São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entenda como funciona o plano

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A Argentina adotou uma fórmula peculiar, em abril de 1991, para combater a hiperinflação.
Sob a condução do ministro da Economia, Domingo Cavallo, foi implementado na economia do país um modelo conhecido como conversibilidade.
Regulamentada como lei, as normas de conversibilidade regulam de forma severa a política cambial e monetária argentina.
O risco de alteração ou de infração a essa lei é bastante alto. A estabilidade poderia ser ameaçada e certamente espantaria os investidores estrangeiros no país e os depósitos no sistema financeiro.
A cláusula básica da conversibilidade diz que a cotação do peso pode variar de US$ 0,99 a US$ 1. Não é permitida, em hipótese alguma, a desvalorização da moeda.
Essa medida respondeu às desvalorizações frequentes do peso em relação ao dólar no período anterior a 1991.
Quando a norma entrou em vigor, o peso argentino já havia sofrido cortes de 13 zeros.
Divisas
A cláusula de consistência da lei está na regra que diz que a moeda argentina deve ter 100% de respaldo em divisas.
Ou seja, a taxa de câmbio praticamente não pode variar -principalmente se a intenção for a desvalorização- e a emissão de moeda sem respaldo está proibida.
(DCM)

Texto Anterior: Fundo de US$ 2,5 bi estimulou fusões
Próximo Texto: "Política é do presidente"
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.