São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Bancos voltam a emprestar para empresas

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Os bancos estão preferindo emprestar para as empresas a juros praticamente iguais à variação do CDI do que ceder os recursos para outras instituições no mercado interbancário.
Apesar dos esforços do governo, o mercado avalia que a crise do sistema financeiro não acabou com o acerto entre Unibanco e Nacional. Existem vários bancos sob suspeita e a estratégia atual é não se expor a situações de risco.
Melhor para as empresas cuja classificação de crédito é boa. São disputadas pelas instituições, com taxas cada vez mais baixas.
Empresas consideradas "prime" conseguem dinheiro no hot money até pelo CDI seco, entre 4,14% e 4,35% (taxa-over).
Desde outubro, a captação via hot money ficou mais barata para as empresas com a extinção do PIS sobre as operações de giro.
Antes, mesmo que abrisse mão do spread, o banco repassava ao tomador o custo do recolhimento do tributo, o que praticamente impedia a cobrança do CDI seco.
O fim da incidência do PIS e o interesse dos bancos em fugir do interbancário possibilitam que, hoje, empresas que não se encaixem como "prime", mas que ofereçam baixo risco de crédito, também tenham acesso ao juro menor.
No segmento de giro pré o comportamento é o mesmo. Todo o mercado disputa a atenção do mesmo seleto grupo de empresas e o spread vai se estreitando.
Antes da quebra do Econômico, poucos clientes eram brindados com um spread inferior a 1%. O spread médio praticado pelos bancos estava entre 1,5% a 2,5% na taxa efetiva/mês.
Desde agosto, a redução nos compulsórios sobre operações de crédito e a disputa dos bancos pelos melhores tomadores reduziu o spread para entre 0,5% e 1%.

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