São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995 |
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a arte de lembrar e esquecer por Lúcia Cristina de Barros LÚCIA CRISTINA DE BARROS
Piñon é autora de 12 livros, entre os quais os romances "República dos Sonhos", "A Doce Canção de Caetana" e a coleção de fragmentos "O Pão de Cada Dia". Transformada com os anos em uma "caçadora de paisagens, ela comprou uma vista permanente da Lagoa e do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, onde agora ensaia um novo romance e suas memórias. Metade do ano ela vive nos Estados Unidos, dando aulas na Universidade de Miami. Sobre a suposta dificuldade de sua obra, ela diz: "Não invento a complexidade, o ser humano é que é complexo". Por que foi você a primeira autora de língua portuguesa a receber o prêmio? Fui surpreendida. Mas como tenho livros traduzidos, faço palestras no exterior, tornei-me conhecida, eu existo. Acho original ser a primeira mulher. A mulher ainda é, querendo ou não, uma cidadã sob suspeição. Acho isso mesmo, sem qualquer proselitismo inadequado. A coisa opera um pouco por quota: uma ou duas mulheres, mais é exagero. É diferente a literatura da mulher? Tenho gosto em servir à literatura com memória e corpo de mulher. Memória no sentido de todo conhecimento humano, a arqueologia do Texto Anterior: FICHA Próximo Texto: a arte de lembrar e esquecer Índice |
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