São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Empresas de eventos faturam com festas

ALINE SORDILI
EDITORA DO TUDO

Com a chegada do fim do ano, empresas promotoras de eventos estão rindo à-toa. Muitas, porém, reclamam da falta de movimento e da recessão nos meses de outubro e novembro. Dizem ainda que os clientes estão mais exigentes.
Todas trabalham com uma equipe fixa muito reduzida e contratam trabalhadores autônomos.
Alguns empresários preferiram se especializar em áreas, temas ou produtos. A maioria especializada em alimentação percebeu que só isso não segurava o cliente e estão oferecendo também a decoração.
A Fato se especializou em eventos médicos, mas faz lançamentos.
Para um lançamento, a empresa pode prever um gasto de R$ 4.000. Segundo Edna Cunha, 38, sua empresa cobra 20% sobre os custos.
A Mercado de Eventos se especializou em esportes. Organiza campeonatos de vôlei, corridas e maratonas. Paola Vigorito, 27, sócia, diz que não é preciso muito dinheiro para uma promoção.
"Organizamos muitos eventos de grande porte, mas podemos fazer um com R$ 10 mil," diz.
A especialização está chegando aos mínimos detalhes. A Giada, que vende velas e castiçais, está alugando seus produtos. Segundo Giada Ruspoli, 46, dona, é cobrado 20% sobre o valor do castiçal.
A Essenciall Realização de Eventos apostou nos executivos e seminários e se especializou na realização de "coffee break" -intervalo para café, em inglês.
Além de organizar eventos particulares, a empresa opera o Espaço Sylvia Romano, afirma Maria Cristina Alves Paulo, 29, sócia.
Olga Vieira, 44, do Centro de Gastronomia Patê Caseiro, trocou os tradicionais canapês e salgadinhos por legumes e patês.
"O momento é recessivo, temos de ter criatividade. Não uso mais salmão nem caviar", diz ela -que cobra R$ 30 em média por pessoa. O Patê Caseiro faz a decoração e fatura R$ 180 mil por mês.
Leila Pires, 34, dona do Panella Bonita, está trabalhando com o mesmo princípio. "Cliente e as empresas estão trabalhando juntos para conseguir menores preços."
A Mil Idéias também faz alimentação e decoração. Segundo Cecília da Silva Gordo Silveira, 50, uma das cinco sócias, um coquetel pode custar em média R$ 3 por pessoa.
Com a baixa dos pedidos de pratos congelados, Rita de Cássia Atrib, 30, sócia do Petit Comité, partiu para a realização da parte de alimentação de eventos.
Agora, as festas respondem por 70% de seu faturamento. Rita trabalha com seis funcionários fixos.

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