São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Desempenho da Parati redesenhada impressiona

GRACILIANO TONI
EDITOR DE VEÍCULOS

Se depender apenas do desempenho, a versão GLSi da nova Parati tem sucesso garantido. Teste feito pela Folha mostra que o carro, equipado com motor de 2.000 centímetros cúbicos, está entre os melhores de sua categoria -das peruas compactas.
A Parati, remodelada para a linha 96 -que chegou às lojas semana passada- nos modelos GLi e GLSi, ficou bem melhor também em espaço para o motorista e na posição dos comandos.
Nos bancos da frente, há lugar de sobra para a cabeça mesmo de pessoas muito altas. Atrás, a coisa não é tão boa. A cabeça de qualquer um com mais de 1,75 m encosta no teto.
O carro herda a sensação de solidez transmitida pelas velhas Parati. Suas suspensões são adequadas ao piso brasileiro -na GLSi, com pneus de perfil mais baixo, um pouco duras- e a estabilidade em curvas e frenagens ficou impecável.
Talvez também graças aos pneus (185/60-14), a direção do carro ficou melhor em alta velocidade, sem perder a maciez em manobras urbanas.
Apenas os engates do câmbio parecem ter piorado em relação ao modelo anterior. A alavanca do carro testado estava um bocado mais dura do que o normal em carros da família do Gol.
Donos de Parati do modelo antigo se apaixonam pela nova à primeira vista. Quem se acostumou com a perua velha não deve sentir tanta falta das portas traseiras -apesar de vários acertos no projeto, a VW mantém a Parati apenas em versão duas portas.
Sua principal concorrente, a Ipanema, sai de fábrica com quatro portas, configuração muito mais prática.
A vantagem de ter quatro portas é evidente quando é preciso transportar passageiros no banco de trás. O acesso, nesse caso, fica melhor. A Ipanema leva vantagem também no preço. Ela custa a partir de R$ 17,8 mil, enquanto a Parati mais barata -exceto o modelo CL, que por enquanto conserva a carroceria antiga- não sai por menos de R$ 18.940.
O modelo GLSi da Parati, a R$ 23.540, concorre diretamente com a Astra Wagon, perua importada pela GM. Pelos equipamentos disponíveis, seu preço não chega a ser abusivo -só é alto.
Sobre as concorrentes da GM, a Parati leva a vantagem de ser mais bonita. A VW conseguiu dar ao carro aparência de robustez, sem perder a leveza das linhas.
Por dentro, a VW deveria melhorar. A forração das laterais, atrás, ficou escura demais, ajudando a dar sensação de aperto.
O plástico de revestimento do painel é muito rígido, o que pode provocar ruídos depois de alguns milhares de quilômetros rodados.
Falta também mecanismo de regulagem da altura do volante.

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