São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Losango no ataque leva o Botafogo à vitória
MÁRIO MAGALHÃES
O Botafogo alcançou 26 pontos no Grupo A do segundo turno do Campeonato Brasileiro e 44 no total. É a equipe mais eficiente da competição. Além disso, o time carioca não sofre um gol há cinco jogos. A última vez que sua meta foi vazada foi no empate em 1 a 1 com o Criciúma, no dia 4 de novembro. Túlio manteve-se como artilheiro. Nas 20 partidas de que participou, fez 20 gols -média de um tento por jogo. A vitória botafoguense, dramática, foi facilitada pela diretoria do Vasco. Entre a manhã de sábado e a manhã de ontem, ela afastou do clube os jogadores Ricardo Rocha, Pimentel e Valdir. O jogo de ontem foi mais um que voltou a atrasar no Maracanã (seis minutos) por causa da cerimônia que virou hábito no estádio: execução do hino nacional pela banda da Polícia Militar, mesmo quando os dois times são brasileiros. Enquanto o hino era tocado, a maioria da torcida do Vasco gritava palavrões para o vice-presidente de futebol do clube, Eurico Miranda. O primeiro tempo foi marcado pela monotonia. O Botafogo pareceu sentir a habitual inibição diante do Vasco. Antes da partida de ontem, havia 119 vitórias vascaínas e 55 botafoguenses. No intervalo, o técnico do Botafogo, Paulo Autuori, substituiu o lateral-esquerdo Guto pelo meia-atacante Iranildo, que entrou jogando mais à frente, como atacante. Aos 18min, o meia defensivo Leandro saiu contundido. Para seu lugar, Autuori escolheu mais um atacante, o quarto, Narcísio. O segundo tempo foi um massacre botafoguense: Beto chutou na trave, Cláudio Gomes salvou bola em cima da linha. Os quatro atacantes jogavam em forma de losango -Donizete pela direita, Iranildo pela esquerda e Túlio (mais adiantado) e Narcísio (recuado) no centro. Aos 39min, após passe de Donizete, o "Pantera Negra", Túlio marcou. Cinco minutos depois, Donizete fez o segundo gol do time e a torcida cantou o hino do Botafogo até o fim da partida. O presidente do Vasco, Antônio Soares Calçada, anunciou no Maracanã a venda do passe de Valdir para o São Paulo. Acompanhado de seu procurador, Aurélio Dias, o atacante viaja hoje à capital paulista para discutir questões salariais com o seu novo clube. Ricardo Rocha deve ter o contrato suspenso nesta semana. Ele foi punido por ter criticado Eurico Miranda e afirmado que há um ano o clube não paga nada pelo empréstimo de seu passe. Pimentel e Valdir se solidarizaram com Rocha e foram punidos. Eurico Miranda disse que o zagueiro mentiu. "Ele recebe R$ 40 mil por mês como salário e parte do aluguel do passe." O que estaria atrasado é o pagamento de parte do empréstimo para o empresário Juan Figger, co-proprietário do passe do zagueiro. Da quantia, Rocha, dono de parte do passe, tem direito a uma parcela. Texto Anterior: Semifinais podem ser no Nordeste Próximo Texto: O JOGO Índice |
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