São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995
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Helena Arakawa, 15

Campinas, SP
Oi, pessoal! Tudo em paz? Escrevo para dar a minha opinião sobre o que está acontecendo atualmente, toda essa confusão causada por religiões, e dizer que condeno as guerras, mesmo que sejam motivadas pela fé. Acho que religião é uma coisa que vem dentro de nós. São as condições que impomos para viver em sociedade. É a separação que cada um nós faz entre bem e mal, certo e errado, proibido e permitido. É nosso próprio conjunto de leis. Não tenho religião no padrão social. Sou o que se chama de pagão. Não sou budista, católica, espírita, evangélica ou judia. Sigo minha própria religião e os mandamentos são meus pensamentos, sentimentos e o que eu acho certo. Acho que ninguém deveria ser obrigado a seguir uma religião. Acho que todas as religiões do mundo, no fundo, são uma só. Todas pregam a mesma idéia básica: praticar o bem, viver em paz e unidos uns aos outros, ajudar o próximo, viver bem consigo mesmo, tentar sempre atingir o nível mais alto do desenvolvimento mental e psicológico e se conhecer. São os mesmos mandamentos e as mesmas idéias com nomes diferentes. Deus seria a força, o poder e o mistério do desconhecido. Do desconhecido que existe dentro de nós e em cada coisa existente. Seria o ditador das regras que são seguidas. Poderíamos até aceitar a idéia de que somos nossos próprios deuses, as forças que nos governam. Quanto à escolha de uma religião, eu me identifico com todas, ou pelo menos com alguma idéia de todas. Como se há um Deus, uma força, Ele existe. Mesmo com tantos nomes diferentes, é a mesma força; se todas as religiões nos guiam para o bom caminho, nós sabemos separar o bom caminho do mau caminho. Os nomes das religiões são diferentes, mas seus caminhos são os mesmos. Quando os povos fazem guerras para expandir sua religião estão desobedecendo todas as religiões, a Deus ou a Força Criadora... Qualquer que seja a nossa religião, sabemos que fé, a união, a paz, o encontro e a compreensão de nós mesmos, nos fazem crescer e alcançar o nível mais alto, que para os budistas, seria chegar ao nirvana. Isso era o que eu queria dizer. Valeu!

Valeu você Helena! Escreva sempre.

Tatiana Vieira Allegro, 14
São Paulo, SP
E aí pessoal do Folhateen? Beleza? Eu sempre adorei essa parte da Folha dedicada aos adolescentes, principalmente as reportagens sobre música. Mas vocês não acham chato que reportagens tão legais tenham espaço tão pequeno? Começando pelas propagandas: elas ocupam muito espaço. E o que aconteceu com a coluna de André Forastieri? Tudo bem que eu não concordava com tudo, mas é sempre bom ver certos assuntos com outros olhos... Então se permitem, aqui vai uma sugestão: porque não aumentar esse espaço para jovens? Agradeço desde já e espero que minha carta seja publicada.

Beleza, Tati? Gracias pelos elogios. Seguinte: O André Forastieri não escreve mais para o jornal, mas aguarde novidades. Quanto a sua sugestão, foi anotada e encaminhada. Escreva mais.

Silas C. Oliveira Jr.
S. J. do Rio Preto, SP
Primeiramente quero parabenizar o Folhateen pelo trabalho que vocês realizam. Nem precisa publicar esta carta. Só quero o endereço do Telê Santana, técnico do São Paulo.

Oi Silas. Tudo bem? Anote aí o endereço do Telê: Centro de Treinamento do São Paulo, av. Marquês de São Vicente, 2.650, Barra Funda, São Paulo, SP.

Escreva para o Folhateen: al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo, SP. CEP 01202-900. Não se esqueça de colocar seu nome completo, idade, endereço e telefone.

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