São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Cantor popular de Israel traz shows em homeagem a Rabin
ANTONIO CARLOS SEIDL
Quando/onde: dias 28 e 29, Rio de Janeiro; dias 6, 7 e 11 de dezembro, São Paulo; dia 4 de dezembro, Porto Alegre; dia 5 de dezembro, Curitiba Infs.: 011/815.7681 e 815.7672 Yehoram Gaon, o maior cantor popular de Israel, chega hoje ao Brasil para oito apresentações do espetáculo "Nasci em Jerusalém", que dedica ao seu amigo Yitzhak Rabin, primeiro-ministro israelense assassinado dia 4 de novembro em Tel Aviv. Em tributo a Rabin, ele apresentará o hino pacifista "A Última Guerra", que Gaon cantou a pedido dele nas cerimônias de assinatura do acordo de paz entre árabes e israelenses em Oslo, Washington e na Jordânia. "Nasci em Jerusalém" abre as comemorações no Brasil dos três mil anos de Jerusalém. Além de cantor e ator, Gaon também atua na política. É secretário de Cultura e vereador da capital israelense. Gaon é candidato à Prefeitura de Jerusalém. Ele concedeu, no sábado, um entrevista exclusiva à Folha, por telefone, de Santiago (Chile), onde se apresentou na sexta-feira. Folha - Qual é o show que o sr. está trazendo para o Brasil? Yehoram Gaon - O espetáculo chama-se "Nasci em Jerusalém" e será uma homenagem ao meu querido amigo Yitzhak Rabin. O mote do show será a música "A última guerra", que ele me pediu para cantar nas cerimônias de assinatura do acordo de paz. É de autoria do poeta nacional de Israel, Chayim Chefey. Folha - Quais são as outras músicas do espetáculo? Gaon - Cantarei dois tipos de músicas: canções israelenses, em hebraico, que tratam dos temas da vida recente de Israel, entre eles guerra e soldados, e canções que interpreto em ladino, a língua falada na Espanha há 500 anos. Folha - Como o sr. concilia sua carreira artística com as funções de secretário de Cultura de Jerusalém? Gaon - Essas funções são muito importantes para mim. Meu principal projeto é levar a arte às crianças desprivilegiadas de Jerusalém. Dedico a maior parte do meu tempo ao projeto. Folha - Qual é o seu partido? Gaon - Não é um partido. É um movimento chamado "Nasci em Jerusalém", que congrega políticos de direita ou esquerda. É um movimento pró-Jerusalém. Folha - Como o sr. vê o futuro do processo de paz depois do assassinato de Rabin? Gaon - Continuará sob o comando do novo primeiro ministro Shimon Peres. Para liderar o processo Israel precisa de um mentor e de um militar. A dupla Peres-Rabin era uma combinação perfeita. Acredito que o novo ministro das Relações Exterior, general Ehud Barak, substituirá o soldado Rabin na dupla, para assegurar ao povo de Israel que o processo será levado adiante. Texto Anterior: Aswad trará seu 'reggae popular' ao Brasil Próximo Texto: Peça reconstitui cena da morte de Lennon; Queen doa dinheiro a luta contra a Aids; Viúva de Miró morre aos 91 anos na Espanha Índice |
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