São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
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Capuzin e manjericão lideram as vendas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O maior desafio para Jurgen Heuser e Dirk Muller é a descoberta das condições ideais de desenvolvimento das novas espécies de ervas em solo paulista.
"Elas são extremamente sensíveis ao tipo de solo, ao clima e à colheita", afirma o agrônomo Heuser.
O estragão, o tomilho limão e a hortelã, por exemplo, só se multiplicam por estaca (não produzem sementes), o que torna o processo mais lento e trabalhoso.
"É necessário saber o momento certo para fazer o corte e o plantio da muda. Caso contrário tanto a planta antiga como a nova podem morrer", diz Heuser.
Entre as espécies que apresentam o ciclo mais longo, do plantio à colheita, estão o liveche e o hissopo, com 150 dias.
O cresse tem o ciclo mais curto, de 21 dias.
No caso da flor belles, indicada para saladas, Heuser conta que está em teste há um ano e meio e não atingiu uma boa produção.
"O crescimento e a floração não satisfazem e não conseguimos neutralizar o ataque dos pulgões, sem agrotóxicos", diz Heuser.
Quanto ao manjericão, para o próximo ano ele garante que já sabe como evitar sua pausa de crescimento no inverno, mas não revela a fórmula.
Além da introdução de plantas novas em solo brasileiro, Heuser e Muller enfrentam o desconhecimento do uso das ervas pelos consumidores.
"Mesmo os restaurantes ainda compram pouco. Estão mais habituados com os desidratados importados", diz Heuser.
A maior venda, segundo ele, é da flor capuzin (para tempero e decoração de saladas), que atingem 10 mil unidades por mês.
Na vice-liderança está o manjericão, tradicional na cozinha italiana, que vende 300 litros por mês.
Outros produtos, como o hissopo (para temperar carnes fortes, como a de búfalo) e a pimpinela (para saladas e molhos frios), ainda não são bem aceitos.

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