São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995 |
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Ford e Toyota propõem reajuste salarial superior ao da Anfavea
ARTHUR PEREIRA FILHO; CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A CUT e a Força Sindical consideraram a proposta "aceitável". A Anfavea, entidade que representa as montadoras, havia oferecido os 6,19% mas em duas parcelas, o que foi rejeitado pelos trabalhadores. Apenas a GM de São Caetano do Sul (SP) aceitou. A proposta da Anfavea previa ainda redução da jornada de trabalho para 42 horas semanais em janeiro, sem corte de salários, desde que o horário de trabalho fosse flexível, chegando ao máximo de 48 e mínimo de 36 horas por semana. Os trabalhadores, no entanto, se recusavam a ultrapassar o limite de 44 horas semanais de trabalho. Pela proposta da Ford, a jornada de trabalho semanal vai variar de 38 horas a 44 horas. Esse acordo de jornada flexível já havia sido fechado com os trabalhadores da fábrica de São Bernardo. Será estendido aos funcionários de São Paulo, Taubaté e Osasco. Ainda pela proposta da Ford, quem recebe acima de R$ 2.500 (6% do total de 14,3 mil trabalhadores) terá aumento de 4%. Os restantes 2,19% formariam um "fundo de aumento por mérito". Além do reajuste, a montadora oferece a todos os empregados um bônus equivalente a 60 horas de trabalho (cerca de 25% do salário), a ser pago em janeiro. No caso da Toyota, os 6,19% serão aplicados sobre os salários de todos os 670 funcionários da montadora em São Bernardo, fora gerentes e diretores. A Toyota ficou de negociar mudança na jornada de trabalho a partir de 96, disse Carlos Grana, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD (CUT). Paulo Pereira da Silva, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), disse que "não vai ser contra" a proposta da Ford em assembléia hoje. (Arthur Pereira Filho e Cristiane Perini Lucchesi) Texto Anterior: Nakano pede outras tributações Próximo Texto: Greve em autopeças começa na 5ª Índice |
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