São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995 |
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Fazendeiros pedem fim de conflitos agrários
JOSÉ MASCHIO
Uma carreata com 130 tratores, 30 caminhões e 30 homens a cavalo deu início à manifestação na praça 9 de julho, no centro. Estavam presentes 1.500 pessoas, segundo o Sindicato Rural de Presidente Prudente -ou 600 pessoas, segundo a Polícia Militar. Na semana passada, na mesma praça, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) reuniu cerca de 2.000 pessoas em ato pela reforma agrária. A exigência dos produtores rurais foi transformada em um documento chamado "Carta de Presidente Prudente", assinado por 37 entidades. No documento, que deverá ser entregue ao governador do Estado, Mário Covas (PSDB), e ao presidente Fernando Henrique Cardoso, os produtores admitem o assentamento de famílias no Pontal. Segundo Célio Romero de Souza, os produtores admitem hoje que a reforma na região é irreversível. "O que se busca é administrar essa questão", disse. Fábio Meireles, presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, disse que a agricultura sustentou o "Plano Real" e exigiu o cumprimento do artigo 5º da Constituição, que prevê o direito de propriedade. Representando a Sociedade Mineira de Agricultura, o fazendeiro Peter Meden fez um discurso inflamado. Ele lembrou que em 1964 "Brizola e Goulart (o então presidente João Goulart) queriam fazer essa tal reforma agrária, e fizemos uma revolução e expulsamos eles do país". Barracões Anteontem, os sem-terra voltaram a invadir os barracões da Cesp (Centrais Elétricas de São Paulo) em Sandovalina. Eles disseram que a invasão não quebra do acordo com o governo de São Paulo. O governo anunciou ontem que pedirá reintegração de posse da área. Texto Anterior: Múltis aguardam novas medidas Próximo Texto: Rainha critica "inoperância" do governo Covas e ação da polícia Índice |
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