São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995 |
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Justiça quebra sigilo de irmão de Fleury
CLÁUDIA TREVISAN
A decisão atinge também a mulher de Lilico, Denise. Ela foi dada pelo juiz-corregedor do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Francisco Bruno, a pedido do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Emmanuel Burle Filho. Na sexta-feira, o procurador determinou a abertura de inquérito civil para apurar acusação de enriquecimento ilícito contra Lilico. A investigação havia sido requerida pelos deputados estaduais Jamil Murad, Nivaldo Santana e Dráusio Barreto. Há duas acusações contra Lilico. A primeira é que ele, quando foi secretário de Governo, teria intercedido junto à Fundação Cesp (Companhia Energética de São Paulo) para que a entidade adquirisse ações do "Shopping D" a preços superfaturados. A outra acusação envolve a participação do próprio Lilico em um empreendimento chamado "Park & Shop". A sociedade foi constituída em julho de 95. A suspeita é que o investimento necessário não seria compatível com o rendimento do ex-secretário. Na época, Lilico afirmou que sua participação no negócio não envolveria dinheiro. Ele entraria apenas com sua experiência. Anteontem, o ex-secretário disse que não precisou aplicar recursos de uma vez no momento de constituição da sociedade. A assessoria de imprensa da Fundação Cesp confirmou que a entidade detém 30% das ações do "Shopping D". Elas foram adquiridas em maio de 94, ainda no governo Fleury. A assessoria disse que não tinha informações sobre a acusação de superfaturamento. Texto Anterior: Cassinos pagam viagem da comissão de jogos Próximo Texto: Inquérito tem falha, diz Lilico Índice |
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