São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995 |
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Terceira Dança estréia "DAS" antes de ir para Nova York e Lyon
ANA FRANCISCA PONZIO
Quando: de hoje até 3 de dezembro (quarta a sábado às 21 h e domingo às 20h30) Onde: Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000; tel. 277-3611, ramal 250) Ingressos: R$ 5,00 Com um ano e meio de existência e um repertório de duas peças, o Grupo Terceira Dança, que se apresenta a partir de hoje no Centro Cultural São Paulo, se prepara para dar seu grande salto. Os rumos do Terceira Dança, dirigido pela coreógrafa Gisela Rocha, começaram a mudar em junho passado, quando uma apresentação informal do grupo foi vista por Guy Darmet, diretor da Bienal Internacional da Dança de Lyon (França). Em busca de atrações para a Bienal de 1996, que terá o Brasil como tema, Darmet gostou da modernidade de "DAS", segunda criação de Gisela, que será mostrada na atual temporada no Centro Cultural, junto com "Um Certo Estudo", que lançou o grupo. A confirmação do Terceira Dança na Bienal de Lyon atraiu mais uma conquista: o patrocínio do empresário Waldemar Mattei, que acaba de financiar o livro "DAS - Idéias em Movimento", lançado pela editora Annablume. Com este livro de apresentação, de autoria de Fábio Cypriano e Marcos Gallon, com fotos de Gal Oppido, projeto gráfico de Marcelo Aflalo e texto de Helena Katz, o Terceira Dança começa a criar uma nova estrutura. Dias 15 e 16 de dezembro, o grupo se apresenta no Equitable Theatre, em Nova York. No próximo ano, além da Bienal de Lyon, participa da exposição "Arte/Cidade", promovida pela Secretarial Estadual da Cultura de São Paulo. "A dança tem que acontecer no Brasil para não virar bicho em extinção", diz Gisela, referindo-se aos inúmeros talentos que o país vem perdendo para os países que oferecem melhores condições de trabalho. Baiana de Salvador, Gisela, 32, mudou-se para São Paulo há três anos. Com o espetáculo "DAS", conseguiu fixar o elenco do Terceira Dança, que hoje reúne Lara Pinheiro, Marcos Gallon, Angela Nolf, Marisa Godoy, Debora Furquim e Miriam Druwe. As imagens e o ritmo do cinema são fontes de inspiração para Gisela, que costuma coreografar considerando as características e inquietações de cada bailarino. No processo criativo de "DAS" ela construiu cenas a partir das respostas às questões individuais que costuma colocar durante os ensaios. "DAS explora imagens, rapidez, uma fluência de movimentos que às vezes remete à estética do videoclipe", afirma. Texto Anterior: Peter Frampton exibe simpatia para poucos Próximo Texto: Filme retrata ex-vocal do Velvet Underground Índice |
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