São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Borges tenta hoje 1º ouro no Mundial de natação

DA REPORTAGEM LOCAL

Gustavo Borges pode ganhar hoje a primeira medalha de ouro do Brasil no Mundial de natação em piscina de 25 m, no Rio. Ele é favorito nos 200 m, nado livre.
A final da prova está marcada para 13h56. O neozelandês Trent Bray é visto como o principal rival de Gustavo Borges. O catarinense Fernando Scherer também é candidato a medalha.
O Mundial começa às 7h30, na arena montada na praia de Copacabana, na zona sul. É a primeira vez que o Brasil abriga um Mundial adulto de natação.
O Brasil também tem boa chance de medalha no revezamento 4 x 100 m medley (quatro estilos).
A primeira final de hoje será às 13h30: a do 100 m, nado borboleta, para homens. É aguardado um duelo entre o sueco Lars Frolander e o australiano Scott Miller.
Nos 200 m borboleta, feminino, a chinesa Limin Liu, campeã mundial, deve lutar pelo ouro contra a dinamarquesa Mette Jakobsen.
Outra disputa entre uma chinesa e uma européia deve ocorrer nos 100 m, nado livre, entre Jingyi Le, atual campeã, e a alemã Franziska van Almsick.
As outras finais do dia serão: no masculino, 400 m medley; no feminino, 400 m, medley e revezamento 4 x 200 m, nado livre.
Estão presentes ao Mundial 338 nadadores de 66 países. Algumas ausências, no entanto, enfraqueceram a competição.
Os EUA decidiram não enviar seus nadadores mais fortes, poupando-os para a seletiva olímpica nacional, em março.
A decisão levou Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a acusar os norte-americanos de temerem perder as provas rápidas para Scherer e Borges.
"Eles perderam no Pan (na Argentina, em março), com a melhor equipe, e perderiam aqui outra vez. A água aqui é a mesma e o leite que eles tomam é o mesmo."
A ausência que Coaracy mais lamenta, porém, é a do russo Alexander Popov, campeão olímpico dos 50 m e dos 100 m, nado livre.
Popov está contundido no ombro. O presidente da CBDA queria vê-lo ser derrotado pelos brasileiros no Rio.
"Queria que ele viesse. Nenhum atleta tem uma curva ascendente a vida toda. Agora espero que a descendente dele venha em Atlanta."
Sem os melhores norte-americanos, o russo Alexander Popov e o australiano Kieren Perkins, a maior estrela do Mundial deve ser a alemã Van Almsick.
A cerimônia de abertura do Mundial, na noite de ontem, na arena de Copacabana, previa uma homenagem ao compositor Tom Jobim, morto no ano passado.
No final da cerimônia, seriam interpretadas suas composições. Gustavo Borges prestaria o juramento oficial em nome dos atletas, após o desfile das delegações.

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