São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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Fé dá o tom com Hitch e Buñuel
INÁCIO ARAUJO
Dois cineastas em princípio opostos: Hitchcock, o casto, desenvolve aqui uma de suas fantasias mais mirabolantes sobre a culpa, a morte, a perda, com James Stewart como o detetive com vertigens que investiga os mistérios de uma mulher (e se apaixona por ela). A Catherine Deneuve de "Belle de Jour" opta por frequentar um bordel, durante a tarde. É o lugar onde sua sexualidade, que não existe ao lado do marido, floresce. Deus entra por vias transversas, como ausência. Vendo os dois filmes em sequência será possível perceber porque Hitchcock e Buñuel se admiravam tanto: são opostos que se tocam, fechando o círculo da fé. São dois capítulos essenciais da fé no cinema. E manifestações de fé nas imagens. (IA) Texto Anterior: Connery comanda "Outubro Vermelho" Próximo Texto: Reforço; Briga de domingo; De volta; Vida real Índice |
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