São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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Mostra recupera obra alemã de Steinert
ANA MARIA GUARIGLIA
Onde: No A. S. Studio (al. Santos, 1.787, térreo, tel. 011/253-3233; zona sul de São Paulo) Quando: Hoje, às 19h; de segunda a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 10h às 14h; até 23 de dezembro Entrada: Franca A exposição "Foto Grafia - A experiência alemã dos anos 50", que abre hoje no A. S. Studio, traz a obra do fotógrafo alemão Otto Steinert, redescoberta pela pesquisadora carioca Helouise Costa, no Foto Cine Clube Bandeirante, em São Paulo. O artista foi o principal mentor da Fotografia Subjetiva na Alemanha, no final da década de 40, e contribuiu para a formação de várias gerações de fotógrafos. Steinert (1915-1978) criou um sistema de trabalho baseado na visão pessoal do fotógrafo e do contínuo experimentalismo em qualquer área fotográfica que atue. Os conceitos formaram-se a partir da retomada das experiências vanguardistas dos anos 20, como as teorias experimentalistas do polonês Moholy-Nagy (1895-1946), da escola alemã Bauhaus. Steinert ganhou a fama de um dos melhores professores de fotografia da Europa. E a Fotografia Subjetiva tornou-se uma atividade pedagógica e artística, que ensinava a essência do processo fotográfico e os meios para sua criação. Na década de 50, três exposições na Europa encarregaram-se de divulgar seus conceitos. Os efeitos repercutiram nos trabalhos de vários fotógrafos da década de 60. Entre eles, os norte-americanos Minor White, William Klein e Winn Bullock. Segundo Helouise Costa, 35, as fotos originais encontradas foram expostas uma única vez, em 1955, no Museu de Arte Moderna. "A obra oferece subsídios para que a renovação modernista pudesse atingir vários campos da fotografia, como o fotojornalismo e a publicidade", diz Helouise. Pouco conhecido no Brasil, os registros de Steinert são marcadamente gráficos, com a supressão dos meios tons. Os recursos da manipulação, como a fotomontagem, constróem imagens rigidamente formais, destacadas pelo contraste entre o branco puro e o preto absoluto. Texto Anterior: Tio Dave é nomeado Lord em Oxford Próximo Texto: Cultura exibe documentário inédito sobre comunidade negra no Brasil Índice |
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