São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Templo da civilização maia brilha no arquipélago

GUILHERME BUSCH
DO ENVIADO ESPECIAL A CANCÚN

A pirâmide de Chichén Itzá, distante 170 km ao sul de Cancún (duas horas e meia de ônibus), é o maior templo da civilização maia, da qual descende a grande maioria dos moradores do Estado de Quintana Roo.
A pirâmide foi construída e habitada entre os anos 900 e 1.196 na cidade de mesmo nome, que tinha aproximadamente 150 mil habitantes.
Possui 30 metros de altura e quatro faces. Em cada uma delas há 91 degraus. Somados, eles são 364, apenas uma unidade menos que o total de dias de um ano. O último degrau da pirâmide seria o último dia do ano, comum a todos os lados da construção.
A obra é feita com base em precisos cálculos matemáticos. A luz do Sol, por exemplo, forma uma serpente nas paredes da pirâmide e seu reflexo indica o dia do ano.
É possível ao turista subir as escadarias. Os guias recomendam que os que têm medo de altura não subam.
Já lá em cima, duas coisas impressionam muito: a beleza da paisagem e a escadaria abaixo. Quase não se vê os degraus, tamanha a inclinação do paredão.
Além da pirâmide, o local tem outras várias construções, entre elas um campo de pelota (onde se jogava uma espécie de basquete maia), um poço de sacrifícios e pequenas construções.
A entrada no local custa cerca de R$ 3,50 por pessoa. O estacionamento custa menos de R$ 1,00 para carros.
Quem vai de carro deve pegar a estrada que liga Cancún a Mérida. No caminho, a melhor opção de alimentação e parada fica em Valladolid, cidade de 100 mil habitantes com características típicas mexicanas.
É recomendável que o visitante leve uma capa de chuva em sua bolsa. Chove diariamente no local e não há onde se esconder, exceto no topo da pirâmide e em um bar-restaurante.
Durante a visita, o turista deve evitar dar atenção a todo vendedor de artesanato que encontrar. Eles são muitos, e às vezes, incomodam. Lembram os guardadores de carro brasileiros.
História
A cidade de Chichén Itzá acabou por volta do ano 1200, após ter formado um pacto comercial com outras duas cidades próximas, Uxmal e Mayapan.
Nessa época, com o acordo em andamento, teria havido uma grande guerra entra as três cidades.
Historiadores admitem três hipóteses para a guerra: disputa por poder entre os líderes das cidades, por territórios ou por algum problema com o comércio.
A cidade de Mayapan venceu a batalha e os líderes e moradores de Chichén Itzá fugiram para a região da Guatemala, na América Central. Chichén Itzá foi abandonada em 1196.
Mais tarde, uma grande rebelião destruiu Mayapan, no ano de 1440, pouco antes da colonização espanhola.
Chichén Itzá tem 7 km de extensão e 4 km de largura em sua área cerimonial.
No local eram feitos sacrifícios humanos. Voluntários eram atirados em um enorme poço como forma de agradecimento aos deuses maias.
(GB)

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