São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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História reside na vida dos heróis do país
SILVIO CIOFFI
Origens Chefiados por Hernán Cortés, os espanhóis destruíram o império azteca, em 1519, e derrotaram seu imperador Montezuma 2º. Daí até a independência, ocorrida em 1821, o país viveu seu longo e agitado período colonial. O México de nossos dias teve origem no governo de Porfírio Diaz (1830-1915), militar e político que enfrentou as forças do arquiduque austríaco Maximiliano. Diaz, que morreu no exílio em Paris, governou o país de 1876 a 1880 e de 1884 a 1911, quando foi derrubado por Francisco Madero. Mas foi Emiliano Zapata (1873-1919), descendente de índios e espanhóis, reformador agrário e caudilho da Revolução Mexicana de 1910, a principal figura política do país. Zapata enfrentou tropas federais e uniu-se a Francisco "Pancho" Villa (1878-1923), um ladrão de gado convertido em general, com quem entrou na capital opondo-se às tropas de Venustiano Carranza. Coincidentemente Madero, Zapata e Villa morreram assassinados por traidores, o que dá um pouco a medida das tintas fortes que traçam o panorama histórico mexicano. O México é, aliás, o país latino-americano que legou ao mundo uma grande escola de pintura. Entre seus expoentes estão o muralista José Clemente Orozco, Emilio Fernandez, Diego Rivera, David Alfaros Siqueiros e a surrealista Frida Kahlo, mulher de Rivera. O país que hoje é conhecido pelas imagens açucaradas da TV do magnata Azcárraga também foi cenário de "Que Viva México!", do cineasta soviético Sergei Eisenstein, em 1932. Tragicamente esse filme jamais foi concluído. Texto Anterior: Equipamento alugado é risco para mergulhador Próximo Texto: Trótski foi protagonista de dramalhão mexicano Índice |
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