São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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'Mariachi' marca ressurreição do cinema

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quase 40 anos em profunda crise criativa, o cinema produzido no México começa a ressuscitar.
Filmes como "O Mariachi" acendem nos produtores mexicanos a esperança de que o cinema do país volte a brilhar como nos anos 40, época em que Cantinflas reinava absoluto.
Os altos e baixos do cinema mexicano começaram exatamente em 1896, um ano depois do advento do cinema na França.
Dessa época datam os primeiros documentários retratando o ditador Porfírio Diaz (1888-1910).
O mérito desses trabalhos não é totalmente mexicano, já que seus diretores eram agentes dos irmãos Lumière e difundiam a novidade francesa na terra de Zapata.
Em 1919, sob a direção de Enrique Rosas, surgiram filmes mudos que colocaram fim ao silêncio produtivo dos diretores mexicanos.
Naquele ano Rosas produziu e dirigiu a série "El Automovil Gris", baseada nas aventuras de um grupo de ladrões.
Despertado no início dos anos 30 pelo poder de propaganda do cinema, o governo mexicano formou o primeiro sindicato de produtores mexicanos.
Isso propiciou o surgimento do primeiro grande talento cinematográfico do país: o diretor Fernando de Fuentes, que realizou as obras-primas "El Compadre Mendoza" (1933) e "Vamonos Con Pancho Villa!" (1936), que aludiam à Revolução Mexicana.
Já "El Rancho Grande" é a comédia que daria o bordão que o cinema mexicano perseguiria nos anos seguintes.

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