São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Indústria do vestuário reduz prazo de entrega para atender Wal-Mart

DA REPORTAGEM LOCAL

A rede de lojas norte-americana Wal-Mart começa a agitar a indústria brasileira de confecções.
A partir de março do ano que vem, cerca de cem empresas do setor já deverão estar interligadas, via computador, com seus fornecedores de matérias-primas e com a rede varejista.
O objetivo é reduzir para sete dias o intervalo entre a encomenda feita pela loja e a entrega do produto. Hoje, esse prazo pode chegar a 40 dias.
"O sistema 'on line' vai reduzir o custo da produção em cerca de 30%", diz Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira do Vestúario).
O prazo de pagamento também deve diminuir. As empresas vão passar a receber em dez dias. Hoje, as lojas querem entre 60 e 90 dias para pagar a mercadoria.
A redução de custos e de prazos de entrega é uma exigência da Wal-Mart para fazer seus pedidos. É também, segundo Chadad, uma forma de o setor enfrentar a concorrência dos importados.
"Nós já temos qualidade de Primeiro Mundo, agora teremos preço de Primeiro Mundo", diz Chadad. Ele prevê um aumento do volume de vendas por causa da redução, de cerca de 30%, nos preços das roupas ano que vem.
O sistema, que Chadad chama de "resposta rápida", será proposto às redes de varejo, responsáveis pela comercialização de cerca de 30% dos 3,7 bilhões de peças de vestuário produzidas em 94.
A Abravest prevê vender 5 bilhões de peças em 96, o que significa voltar ao recorde de 1986.

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