São Paulo, sábado, 2 de dezembro de 1995
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Diretor de publicidade leva susto ao pagar conta

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Recém-chegado dos Estados Unidos, o diretor de publicidade Adriano Goldman, 29, tomou um susto há três semanas, quando foi ao cinema em São Paulo.
Sabendo da lei que proíbe a cobrança dos estacionamentos por período, se recusou a parar o carro em um local em que queriam cobrar R$ 11 por seis horas de serviço.
"Entrei em outro estacionamento, perguntei se cobravam por hora e resolvi deixar o carro", conta Goldman.
Duas horas e 15 minutos depois, quando acabou a sessão, a conta do estacionamento havia ficado em R$ 13.
"Até duas horas, o preço era R$ 11. Pelos 15 minutos excedentes, me cobraram mais R$ 2", disse ele.
O incidente aconteceu no estacionamento Unipark da rua da Consolação, próximo ao cinema Belas Artes (região central de São Paulo), que, com seis salas, é um dos mais tradicionais da cidade.
Goldman se disse indignado. "A noção de valor dos serviços não é nada razoável. Cobrar um preço desses é uma questão de ganância, não sei como vai se resolver."
"Os donos de estacionamentos acham que são mais espertos do que todo mundo", disse Goldman.
Ele comparou os preços brasileiros aos norte-americanos. "Em Nova York, com US$ 8 (pouco menos de R$ 8) você deixa o carro parado por 12 horas no estacionamento", diz.
"Os mais sofisticados, com manobristas e cobertura, cobram US$ 14", afirmou.
Para Goldman, deixar o carro na rua é impossível. "Você está condenado aos estacionamentos. Há um mês, estacionei na rua e encontrei o carro com a lataria da lateral totalmente amassada."
(PD)

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