São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995 |
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Presidente dedica o fim-de-semana em SP a encontros com empresários
GABRIELA WOLTHERS
A "maratona empresarial" teve início anteontem, quando FHC participou da inauguração do prédio do Centro Cultural Itaú, na av. Paulista (região central de São Paulo), que marcou a comemoração dos 50 anos do Banco Itaú. Foi recebido por Olavo Setúbal, presidente da Itausa, holding que agrega 48 empresas do grupo, e pelas maiores lideranças empresariais do Estado de São Paulo. Entre elas, os presidentes da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Maurício Schulman, da Federação do Comércio, Abram Szajman, e da Bolsa de Valores do Estado, Álvaro Augusto Vidigal. FHC moldou seu discurso para agradar a platéia que lotou o auditório do centro cultural. "Vi agora o quanto São Paulo tem uma marca forte no Brasil", afirmou. "O quanto foi possível, em 50 anos, mudar um banco, uma cidade, um país", completou. Durante toda a noite, FHC evitou tocar no caso da escuta telefônica que abalou seu governo. No seu discurso, falou de cultura e lembrou seu passado, quando chegou a fazer um curso de monitor no Masp (Museu de Arte de São Paulo) com sua mulher, Ruth Cardoso, "para ter contato mais próximo com as obras de arte". O programa terminou com um jantar no restaurante Fasano, um dos melhores da cidade, oferecido por Setúbal. Também estavam presentes o vice Marco Maciel e o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP). O cardápio em nada lembrou os banquetes do Itamaraty, que já causaram mal-estar no presidente -foram servidos canapés de carpaccio, salmon defumado e caviar. FHC experimentou ainda salada de endívia, perdiz assada e risoto. No sábado, FHC foi convidado para um jantar na casa do empresário Luís Fernando Furlan, presidente do conselho de administração da Sadia, em homenagem ao secretário de Tesouro dos EUA, Robert Rubin. Na lista de presença, 15 dos nomes mais importantes da área empresarial. Entre eles, Paulo Cunha (Grupo Ultra), Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), José Mindlin (Metal Leve), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim), Carlos Antônio Roca (Mappin) e Lázaro Brandão (Bradesco). Texto Anterior: Entenda como a pesquisa é feita Próximo Texto: Assentamentos fracassam e não resolvem questão fundiária do país Índice |
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