São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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Crédito continuará seletivo, diz Febraban

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor da comissão de Operações Bancárias da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Leocádio Geraldo Rocha, disse considerar boas as medidas adotadas para a flexibilização do crédito.
Lembrando que as medidas "não alteram a seletividade na concessão de novos empréstimos", Rocha afirmou que o alongamento dos prazos e a flexibilização dos cartões de crédito "vão permitir que os clientes adequem melhor seu fluxo de caixa aos gastos de final do ano, como presentes de Natal, matrícula e férias escolares".
Segundo a Folha apurou, o governo pode ampliar ainda mais as medidas de flexibilização, revendo a redução de prazos para os financiamento bancário para a compra de veículos.
Rocha lembrou, porém, que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado nos empréstimos a pessoa física, de 15%, "é maior do que a inflação e deveria ser reduzido".
O valor é tão elevado, diz Rocha, que atrapalha a renegociação das dívidas.
A idéia proposta é equipará-lo ao cobrado nas operações de empréstimos para empresas, da ordem de 1,5%.
Na área de pessoas jurídicas, Rocha afirmou que as medidas adotadas pelo governo para refinanciamento agrícola "criaram os instrumentos necessários para a renegociação".
Agora, acredita, os pagamentos devem se normalizar, já que uma parcela dos agricultores, com a expectativa do alongamento dos prazos, tinha deixado de honrar dívidas bancárias. "Quem não pagar perde a oportunidade da renegociação e da concessão de créditos novos."

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